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Onda de aquisições da Shell evidencia corrida por energia limpa

A Shell gastou mais de US$ 400 milhões em uma série de aquisições nas últimas semanas, de uma empresa de energia solar a pontos de recarga de carros elétricos, intensificando sua corrida para crescer além do negócio de petróleo e gás e reduzir suas emissões de carbono.


As aquisições são ainda de pequeno porte diante do orçamento anual de US$ 25 bilhões da petroleira anglo-holandesa para investimentos, mas seus primeiros passos nos setores de energia solar e de varejo em eletricidade em muitos anos mostram uma crescente urgência em desenvolver negócios em energia limpa.


Os investimentos não se limitaram a renováveis como biocombustíveis, energia solar e eólica. A Shell, assim como suas rivais BP, Exxon Mobil e Chevron, está apostando em uma crescente demanda por gás, o combustível fóssil menos poluente, como fonte que produzirá a energia para abastecer a esperada expansão dos carros elétricos nas próximas décadas.


Para isso, a Shell fechou em dezembro a compra da fornecedora independente de energia britânica First Utility, por cerca de US$ 200 milhões, segundo diversas fontes próximas ao negócio. O valor da aquisição não havia sido divulgado anteriormente.


A Shell recusou-se a comentar.


Em janeiro, a companhia voltou a investir no setor solar após um hiato de 12 anos, com a compra de uma fatia de 43,86% na Silicon Ranch Corporation, por US$ 217 milhões.


Nos últimos três meses de 2017 a Shell também investiu em dois projetos para desenvolver estações de carga de veículos elétricos em rodovias europeias e assinou acordos para comprar energia solar no Reino Unido e desenvolver redes de energia renovável na Ásia e na África.


FUSÕES E AQUISIÇÕES

Segundo analistas do Bernstein, as grandes petroleiras investiram mais de US$ 3 bilhões em aquisições renováveis ao longo dos últimos cinco anos, a maior parte dos recursos em energia solar.


As fusões e aquisições "verdes" hoje representam em média 13% da atividade total de M&A, disseram os analistas.


Outras empresas também fizeram investimentos, como a BP, que voltou à energia solar com um investimento de US$ 200 milhões na geradora solar Lightsource, no final do ano passado, seis anos após sair do setor com grandes prejuízos. A Total também comprou uma empresa de produção de baterias, a Saft, por US$ 1 bilhão em 2016.


Fonte: Folha SP

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